Para mi gente querida de Brasil. Debo agradecer a Carolina Castaldeli, una gran amiga que la vida me hizo conocer, por la traducción de estos poemas.




Dormida. / Adormecida.

 

Dormida parecés otra. / Adormecida parece outra.

Tus ojos tridimensionales / Seus olhos tridimensionais

se ven llanos. / se vêem planos.

 

Tus simples manos / suas mãos simples

acompañan los latidos / acompanham as batidas

de tu corazón calmo. / do seu coração calmo

 

Sólo dormida /somente quando está adormecida

me hablás de silenciosos mundos / me fala dos mundos silenciosos

en los que a veces vivo, / em que vivo as vezes

 

y si esto escribo / e se escrevo isso

es porque en tu universo / é porque em seu universo

soy lo que escribe tu mano. / eu sou o que sua mão escreve

 

Tus cabellos dormidos / seus cabelos adormecidos

se mecen con la brisa / se balançam com a brisa

de mis suaves caminatas / de minhas suaves caminhadas

 

observándote, deleitándome / te observando, me deleitando

con el sabor del perfume / com o sabor do perfume

que ha quedado en tu espalda. / que ficou em suas costas

 

Y tu pecho es el remanso / e seu peito é o remanso

en el que cae la luz / em que cai a luz

de mi ventana,/ da minha janela

 

en donde dejo mis besos, / onde deixo meus beijos

donde mi voz hace eco / onde minha voz ecoa

y se pierde con el alba. / e se perde com o amanhecer

 

Dormida parecés otra. / adormecida parece outra

Nada hay más frío / nao há nada mais fria

que tu boca rígida, impermeable. / que sua boca rigida, impermeável

 

Es muy fino el trazo / é muito fino o traço

que dibuja tus piernas / que desenha suas pernas

desarmadas; / desarmadas

 

y a cada palabra mía / e em cada palavra minha

hay un balbuceo, / há um balbúcio

quizá, una espada /;  talvez, uma espada

 

que recorta tus sueños, / que recorta seus sonhos

te devuelve la vida, / que te devolve a vida

tu eterna mirada… / seu eterno olhar

 

Y te asecho / e te trapaceio

hasta que tu piel de mármol / até que sua pele de mármore

se hunde entre las sábanas. / se afunde entre os lençóis

 

Tu tranquilidad vuelve, / sua tranquilidade volta

tu mundo regresa / seu mundo regressa

como un terráqueo fantasma. / como um fantasma da Terra

 

Dormida sos todas, / adormecida é todas

cada planeta, cada gota, / cada planeta, cada gota

cada color, cada pincelada… / cada cor, cada pincelada

 

Me quedaré a tu lado / ficarei ao seu lado

sumergiéndome más y más / me submergindo mais e mais

en tus cuentos de hadas, / em seus contos de fadas

 

y al despertar, no temas, / e ao acordar, não tenha medo

estaré a tus pies / estarei em seus pés

devolviéndote el alma. / te devolvendo a alma







Dibújate. / desenhe-se

 

Dibújate en mis ojos / desenhe-se em meus olhos

y dímelo de frente, / e me diga de frente

que el tiempo no corre, / que o tempo nao passa

mi corazón se ha detenido… / meu coração parou

ya nada pierdes. / já não perde nada

 

Dibújate en mis ojos, / desenhe-se em meus olhos

quiero verte la cara, / quero ver sua cara

quiero entender tu mirada, / quero entender seu olhar

comprender éste fracaso. / coompreender este fracasso

 

Un velo negro / um veu negro

cae sobre mi pueblo, / cai sobre a cidade

y el desengaño / e a decepção

despierta como un tirano. / desperta como um tirano

 

Dibújate en mis ojos, / desenhe-se em meus olhos

utiliza tu voz, / use sua voz

no me hagas más daño. / não me cause mais danos

 

Gracias amor, / obrigado amor

gracias por todo; / obrigado por tudo

ahora déjame ir,/ agora me deixe ir

libera mi llanto. / libere meu pranto

 

Dibújate en mis ojos / desenhe-se em meus olhos

y despídeme tiernamente, / e se despeça de mim ternamente

tu voz efervescente / sua voz efervescente

otra vez me ha herido… / outra vez me feriu

 

Hagamos el amor / façamos amor

por lo que fuimos, / pelo que fomos

dibújate en mis ojos / desenhe-se em meus olhos

y abandóname para siempre. / E me abandone para sempre







Lunes. / Segunda-feira

 

Recuerdo esos lunes / Me lembro das segundas-feiras

en los que llovía / em que chovía

y tu mirada / e seu olhar

buscaba mi abrazo. / buscava meu abraço

 

Había que salir/ tinha que sair

a hacer compras, / para fazer compras

a hablar del clima, / para falar do clima

a conseguir el diario. / para comprar o jornal

 

Recuerdos perfectos / lembranças perfeitas

manchados con tinta, / manchadas com tinta

era la quinta llovizna / era a quinta garoa

de aquel octubre loco; / daquele outubro louco

 

en la puerta / na porta

dejaban los niños / as crianças deixavam

flores robadas / flores roubadas

del jardín de al lado / do jardim vizinho

 

y tus susurros, / e seus sussuros

que nunca se oían, / que nunca eram ouvidos

encendían el día, / iluminavam o dia

me dejaban enredado /  me deixavam emaranhado

 

en las sábanas / nos lençóis

de un húmedo lunes. / de uma segunda-feira úmida

¿Dónde se ha ido? / para onde se foi?

¿En dónde ha quedado? / onde está?

 

En las calles / nas ruas

extraño tu aliento / sinto falta da sua respiração

y presiento que el tiempo / e pressinto que o tempo

no lo devolverá, / nao a devolverá

 

y mis ojos / e meus olhos

encarnan la angustia / encarnam a angustia

de un lunes despótico / de uma segunda-feira despótica

que ya no estará / que já nao estará

 

en mi calendario, / em meu calendário

en mi agenda, en el diario, / em minha agenda, em meu diário

en las fotos y en temas / nas fotos e nas musicas

que solías escuchar. / que costumava escutar

 

Sé mi muñequita, / Seja  minha bonequinha

mi recuerdo de lunes, / me lembro das segundas-feiras

y sólo los lunes / e somente às segundas-feiras

te voy a recordar. / vou me lembrar de você.






Prófano paraíso. / paraíso profano

 

Su boca soltaba / sua boca soltava

espesas nubes de humo / espessas nuvens de fumaça

robadas de un seco cigarrillo amarronado. / roubadas de um seco cigarro amarronzado

 

La madrugada / a madrugada

siempre entraba por la puerta principal / sempre entrava pela porta principal

tratando de profanar mi inocencia. / trantando de profanar minha inocência

 

Su boca me besaba, a veces; / sua boca me beijava, as vezes

mi boca jamás respondía. / minha boca jamais respondia.






Gracias, Caro!!



El contenido de toda esta página web se encuentra protegido bajo la ley 11.723, reservando todos los derechos sobre los textos y su contenido bajo la denominación de "Obra inédita" y "Obra publicada", hecho el depósito que se indica en la Dirección Nacional del Derecho de Autor y la Cámara Argentina del Libro.

Dirección Nacional del Derecho de Autor
TEL: 4383-2001.
Moreno 1226, Ciudad de Buenos Aires.

Cámara Argentina del Libro
Av. Belgrano 1580 - Piso 4° - C1093AAQ
Ciudad de Buenos Aires
TEL : (54 11) 4381-8383 - Fax: (54 11) 4381-9253

Este material no puede ser reproducido o transmitido por ningún medio sin el permiso expreso del autor. Cualquier violación a dicha ley al reproducir, publicar o copiar apropiándose del material puede ser penado.
Este sitio web fue creado de forma gratuita con PaginaWebGratis.es. ¿Quieres también tu sitio web propio?
Registrarse gratis